“A 
memória guardará o que vale a pena. A memória sabe de mim mais do que 
eu; e ela não perde o que merece ser salvo (...)” 
(Eduardo Galeano, escritor 
uruguaio, falecido em 14 ABRIL DE 2015)
 NA importância deste 
dia, afloram, inevitavelmente, emoções represadas em minha vida. Comparo
 ao dia no qual assumi, os quadros funcionais do Banco do Brasil, em São
 Paulo, Capital, no distante ano de 1972, o meu primeiro emprego.   
 Naquele inesquecível instante, tive a exata dimensão das grandes 
responsabilidades que teria pela frente. Primeiro, de estar iniciando 
minha vida profissional, em uma cidade grande, enfrentando sozinho, 
todos os problemas que certamente viriam com aquelas mudanças. E, para 
minha surpresa, elas chegaram bem mais cedo do que eu esperava.
Poucos dias após ter assumido, fui surpreendido com a notícia do 
repentino falecimento de meu pai. Naquele momento de incertezas e grande
 fragilidade, perdia abruptamente meu referencial de vida, meu esteio, 
meu chão. 
Para meu pai, aquele momento seria a sua grande 
felicidade, como anteriormente havia proclamado: “com você não me 
preocupo mais. Sua vida está resolvida”.
 Pois bem, é com esse 
espírito de grandes desafios que assumo hoje, juntamente com uma equipe 
de abnegados e valorosos colaboradores, 44 anos após aquele fatídico 
episódio, a grande responsabilidade de conduzir, por um período de três 
anos, o destino da mais antiga Instituição cultural do nosso Estado, e 
por que não dizer, uma das mais antigas e respeitadas do nosso país 
denominada de CASA DA MEMÓRIA, na feliz inspiração do mestre/confrade 
Luís da Câmara Cascudo.
Apesar de ser sócio efetivo desta 
Casa há vários anos, passei a frequentá-la com mais assiduidade, após o 
falecimento do seu antigo presidente Enéliode Lima Petrovich, que a 
presidiu pelo longevo período de 48 anos ininterruptos, e a assunção do 
vice presidente Jurandyr Navarro, que chegou à presidência da 
Instituição por força do Estatuto, na condição de vice-presidente. Porem
 deixou bem claro, desde o início, que iria concluir apenas aquele 
mandato. 
Para isso, teve que renunciar à presidência da Academia de
 Letras Jurídicas do Rio Grande do Norte - ALEJURN, órgão que idealizou e
 ajudou a fundar com um grupo de colegas, no dia 8 de dezembro de 2008.
 Pela mesma contingência, o confrade e amigo Odúlio Botelho assumia a 
presidência da ALEJURN, e passamos a frequentar esta Casa, quase que 
diariamente, com o objetivo de, discretamente, ajudar o presidente 
Jurandyr, naqueles momentos de importantes dificuldades que passava a 
Instituição.
 Nesse curto e profícuo período de gestão, o 
presidente Jurandyr Navarro, por quem tenho especial admiração, promoveu
 importantes reformas, entre elas, a que modificou o estatuto vigente, 
que datava de 1927, adaptando-o ao atual Código Civil. Para isso, nomeou
 uma comissão compostas de três sócios efetivos, presidida pelo jurista e
 confrade Dr. Carlos Roberto de Miranda Gomes, tendo como seus 
auxiliares nessa honrosa missão os confrades, Ormuz Barbalho Simonetti e
 João Felipe Trindade. Consagrado no dia 2 de maio de 2012, após dois 
meses de estudos e discussões, através de uma Assembleia Geral, foi 
aprovado por unânimidade, com as alterações propostas e já adaptado ao 
novo Código Civil. Em 10 de setembro do mesmo ano, recebeu registro no 
2º Ofício de Notas desta Capital. 
 Em uma das muitas conversas 
que tivemos com o presidente Jurandyr, ele confidenciou-me suas 
preocupações quanto à sucessão. Como não tinha pretensões de concorrer 
nas eleições que já se aproximavam, mostrou-se bastante preocupado 
quanto ao destino desta Augusta Casa, pois apesar de ter convidado 
vários confrades para esse mister, não tivera êxito em convencer nenhum 
deles na difícil missão de substituí-lo na condução da CASA DA MEMÓRIA.
 Tal preocupação nos levou a reunir alguns sócios do Instituto 
Norte-rio-grandense de Genealogia, instituição que idealizamos e 
ajudamos a sua fundação no ano da graça de 2009 e naquela ocasião era 
seu presidente, para discutir esse importante assunto que também nos 
preocupava enquanto cidadãos e principalmente sócios efetivos. 
 
Após algumas reuniões no escritório do Dr. Carlos Gomes, chamamos a 
responsabilidade para nós e decidimos que formaríamos uma chapa para 
concorrer na próxima eleição, para que aquela respeitada Instituição 
Cultural não caísse em mãos de quem não tivesse realmente compromisso de
 superar a situação difícil em que se encontrava. 
  Com a 
concordância dos confrades convidados, e a promessa de todos que 
trabalharíamos incessantemente para a sua recuperação, definimos os 
nomes que posteriormente comporiam a diretoria eleita para o triênio que
 hoje se encerra, após ter cumprido com êxito sua missão. 
 Para 
compor essa diretoria, procuramos alguns abnegados dentro da Instituição
 que presidia, pois já fazíamos um trabalho voluntário e desafiador. 
Sabemos das enormes dificuldades em gerir uma instituição cultural nesse
 país, imaginem senhores, criá-la, mantê-la viva e funcionando. Além do 
mais, poucos são aqueles que se submetem a doar seu precioso tempo para a
 realização de algum trabalho, sem que sejam devidamente remunerados.
 Conseguimos enfim formar o corpo da chapa, porém precisávamos de um 
presidente que tivesse bom trânsito nos diversos setores de nossa 
sociedade. Essas características nos ajudariam a abrir portas, pois 
tínhamos o exato conhecimento dos graves problemas que iríamos 
enfrentar, caso fossemos eleitos. 
 Como se tratava de Instituição
 CULTURAL, - é público e notório que cultura em nosso país é uma 
atividade extremamente mendicante - pouca valorizada e sempre relegada a
 segundo plano, principalmente por aqueles que dela têm o dever de 
cuidar, assim sendo, precisávamos de alguém com essas características.  
 
 Foi quando o confrade Carlos Gomes, já definido na chapa como 
Secretário Geral, lembrou-se do nome do presidente do Tribunal de Contas
 do Estado, o conselheiro Valério Mesquita, que naquela ocasião estava 
se aposentando compulsoriamente daquela Casa, seria a pessoa que já 
comprovara competência em cargos equivalentes, anteriormente ocupados, 
bem como partícipe importante do movimento cultural do Estado.
 
Não exitei, pois como já o conhecia de atividades literárias, fui 
procurá-lo pessoalmente. Depois de vários convites e igual número de 
recusas, por fim, rendeu-se aos apelos daquele grupo de idealistas, que 
estavam dispostos a abrir mão de várias obrigações diárias e doar grande
 parte de seu tempo e até mesmo de seus recursos financeiros, em favor 
daquela que orgulhosamente dizemos ser a mais antiga instituição 
cultural do Estado do Rio Grande do Norte.
 Portanto, meus amigos e
 confrades, ao assumir a presidência deste templo, tenho a plena 
consciência dos desafios que teremos a enfrentar, principalmente por se 
tratar de um ano nebuloso e cheio de incertezas, como este que se 
inicia.  
 O Brasil, como já disse anteriormente, é um país que 
deixa em segundo plano tudo que se refere à cultura e não demonstra 
respeito ao que foi construído no passado, olhando atravessado para sua 
própria história.
 Um país que não preza o seu passado, nunca 
haverá de se orgulhar de seu presente e certamente não terá um grande 
futuro. E somente nós, enquanto cidadãos, podemos modificar esse quadro 
triste a que está submetido o nosso povo e o nosso país. 
 No 
início desta gestão, pleiteamos, a duras penas, agindo de forma 
republicana junto aos senadores potiguares, emendas parlamentares no 
valor de R$ 500.000,00, (quinhentos mil reais), com nossos deputados R$ 
430.000,00 (quatrocentos e trinta mil reais) e através de emenda da 
vereadora Júlia Arruda mais R$ 400.000,00 (quatrocentos mil reais), 
perfazendo um total de R$ 1.330.000,00. Com esses recursos pretendíamos 
realizar a maior e mais ousada reforma que clamava nossa instituição. 
Tínhamos pressa, pois uma boa parte do nosso acervo já mostrava claros 
sinais de impossibilidade em sua recuperação. Somente com a aquisição de
 modernos scaners para realizar a tão sonhada digitalização do acervo, 
prevíamos um gasto em torno de R$ 350.000,00 (trezentos e cinquenta mil 
reais).
 Do total de R$ 1.330.000,00, R$ 430.000,00 estavam sob a 
responsabilidade do governo estadual. Os outros recursos, ou seja, R$ 
900.000,00, perderam-se nos escaninhos da burocracia. Apenas R$ 
230.000,00 chegaram efetivamente às nossas contas de convênio e de 
maneira fatiada, o que dificultou ainda mais a economia em sua 
aplicação, na realização dos serviços. Tanto é que os últimos R$ 
30.000,00, emenda do Deputado Vivaldo Costa, conseguimos seu repasse já 
no atual governo a quem muito agradecemos. Como também agradecemos ao 
secretário de Educação Sr. Francisco das Chagas Fernandes, que garantiu a
 manutenção do convênio firmado com a ex-secretária Betânia Ramalho, no 
valor de R$ 218.000,00 destinados à aquisição de modernas estantes 
deslizantes para a guarda e segurança do nosso acervo, e que já se 
encontram em nossa Casa, aguardando apenas a recuperação do salão, onde 
as referidas estantes deverão ser instaladas.
 E foram com esses 
parcos recursos, ou seja, R$ 230.000,00 que administrados com mão de 
ferro, conseguimos recuperar importantes áreas do prédio principal, que 
vinham se deteriorando há vários anos, inclusive ameaçando a segurança 
de sócios, funcionários e usuários.
 Iniciamos os serviços por 
aquela que seria a obra mais urgente: a substituição do piso do Salão 
Nobre que a cada ano afundava mais e mais, sem que providência alguma 
fosse adotada. 
O piso, que era composto por ladrilhos 
hidráulicos, tipo palatnik, como era conhecido, nome dado em homenagem 
ao seu fabricante, Bras Palatnik, judeu russo que chegou a Natal por 
volta de 1915, e iniciando a fabricação dos tais ladrilhos somente no 
ano de 1922, portanto 16 anos após a construção do prédio do IHGRN que é
 de 1906. Essas informações foram colhidas do livro NATAL, UMA 
COMUNIDADE SINGULAR, no capítulo “A era dos Palatnik”, dos autores Egon e
 Frieda Wolf. (a disposição no acervo do IHGRN)
Por Conseguinte, 
como sempre defendi, o piso que foi substituído NÃO ERA ORIGINAL. Quando
 surgiram as primeiras publicações na imprensa, proveniente de denúncia 
anônima, gerou muitos comentários irresponsáveis e ilações levianas com 
relação a minha pessoa, tanto na imprensa escrita como nas redes 
sociais, por ser eu o administrador da obra. E, como desdobramento, 
sofremos a interdição dos serviços pelo IPHAN, por um período superior a
 6 meses o que significou sensível majoração no custo final da referida 
obra. 
Nos dois últimos serviços realizados no salão nobre, para 
esconder seu precário estado de conservação, os ladrilhos foram cobertos
 com carpete, material sintético e impróprio para aquele local.
 
Impróprio também o piso que foi colocado na sala da presidência, no hall
 de entrada e na ante-sala do lavabo, nessas duas últimas os ladrilhos 
Palatnik foram cobertos com paviflex, outro revestimento sintético e 
também impróprio para aqueles locais. 
Na reforma que fizemos nos
 pisos, foram utilizadas madeira de lei, que obedecendo ao desenho da 
arquiteta e paisagista Aleniska Lucena, aprovada pelo IPHAN, alternou-se
 a cor escuro sóbrio do ipê com o amarelo cetim, numa paginação de 
excelente bom gosto, propiciando um novo visual, tanto no salão nobre 
com no hall de entrada, este último tendo recebido na composição do 
desenho e na execução, algumas peças do ladrilho ali existentes que 
conseguimos, com muita dificuldade, sua parcial recuperação, 
preservando-se, assim, para sempre aqueles ladrilhos. Com a finalidade 
de guardar a memória do mesmo piso existente no Salão Nobre, fizemos no 
Largo Vicente de Lemos a mesma amostragem com algumas peças também 
recuperadas, num painel medindo 2,00m por 1,5m. 
Já no Salão Nobre, 
colocamos cortinas novas, recuperamos a iluminação e os móveis ali 
existentes, birô, púlpito e mais seis cadeiras que compunham o belo e 
centenário conjunto de móveis e ganhamos um lustre clássico, por 
liberalidade do Dr. Paulo Sérgio Luz. As cadeiras em particular, foram 
recuperadas por profissional de comprovada competência que utilizou, por
 nossa exigência, nesse verdadeiro trabalho de artesão, o mesmo material
 que foi utilizado originalmente em sua confecção, ou seja: o couro de 
boi. Algumas delas, de tão estragadas, já se encontravam no prédio 
anexo, em local destinado ao descarte.
 Adquirimos para o Salão 
Nobre, 80 poltronas acolchoadas e escamoteadas, que facilitam a escrita 
quando necessário. Ao decidirmos pela aquisição dessas poltronas, já 
prevíamos que no futuro, seriam utilizadas nesse espaço, para a nobre 
missão de alfabetizar jovens e idosos, pois enquanto instituição 
cultural, não podemos nem devemos ignorar aqueles infelizes, que por 
motivos diversos a vida lhe negar essa oportunidade. Tal pleito levamos 
ao Secretário Francisco Fernandes que foi simpático a ideia e já 
recebemos uma representante da Secretaria de Educação e Cultura para 
iniciarmos os primeiros estudos. 
  Fomos presenteados pelo 
SEBRAE, através de seu presidente José Carlos Melo, com dois sistemas de
 ar condicionado tipo split, que naquela ocasião estavam sendo 
substituídos, em virtude de reforma no prédio. Esses splits, embora 
usados, estavam em perfeito funcionamento e chegaram em boa hora, pois o
 ar condicionado presente no Salão Nobre, há muitos anos não funcionava.
  
 Recuperamos portas, portais, janelas, paredes internas e 
externas, grades externas, sistema elétrico, este de tão danificado 
ameaçava a qualquer momento um curto circuito com danos imprevisíveis. 
Recuperamos o sistema hidráulico, hidro-sanitárioe, por fim, o telhado 
que envolveu todo o sistema de calhas e escoamento correto das águas 
pluviais. Em dias de chuva muito forte, por várias vezes tivemos que 
mudar rapidamente parte do acervo, uma vez que as inúmeras goteiras 
ameaçavam estragar, para sempre, peças de valor inestimável.  
 
Adquirimos e instalamos nos dois prédios moderno sistema de segurança, 
pois tanto o anexo, como o prédio principal, vinham sendo 
sistematicamente alvo dos marginas que habitam a Praça André de 
Albuquerque.
 Foram instalados diversos alarmes sensoriais e 
câmeras para monitoramento, presencial e a distância, que nos propiciou 
maior segurança na guarda dos nossos prédios e consequentemente do 
acervo. 
 Realizamos também pintura geral no prédio principal e 
pintura externa no anexo, este também um prédio histórico, que foi 
gentilmente doado, observe os senhores o que eu acabo de afirmar: prédio
 doado, pela nossa sócia benemérita num ato de extremo desprendimento e 
benevolência, senhora Angélica Timbó, aqui presente, para quem peço 
comovido e agradecido, uma salva de palmas. Quiçá, esse exemplo seja 
seguido por outras Angélicas!! 
 O prédio doado, também tombado 
pelo patrimônio histórico e cultural a nível federal, outrora abrigou a 
família do inesquecível professor Celstino Pimentel, a quem faço uma 
homenagem nesse instante, responsável pela formação de várias gerações 
de homens e mulheres de nossa sociedade. 
 Recuperamos os jardins 
do Largo Vicente de Lemos, inclusive instalando um sistema automático de
 irrigação que tem propiciado aos que por ali trafegam, além de uma 
agradável visão do colorido das diversas flores em seu desabrochar 
diário, o convívio com as famílias dos beija-flores, bem-te-vis, 
sanhaços e outros habitantes alados que ali encontraram um refúgio 
seguro em meio ao vai e vem de homens e carros que passam pela 
desprezada e não conservada Praça André de Albuquerque, sem se darem 
conta da importância daquele logradouro histórico, pois foi nesse local 
que a 25 de dezembro de 1599, nascia a nossa querida cidade de Natal.
 Conseguimos junto à Secretaria de Mobilidade Urbana - SEMOV - através 
da Dra. Elequicina Santos - a demarcação de espaço em frente ao prédio 
principal, destinado a embarque e desembarque de visitantes, 
principalmente alunos dos diversos colégios que constantemente nos 
visitam, evitando, assim, acidentes indesejáveis.
A retenção
 determinada pelo governo anterior do restante dos recursos pactuados, 
ou seja, R$ 230.000,00 (duzentos e trinta mil reais), nos deixou numa 
situação aflitiva e impediu da realização de dois importantes projetos: 
primeiro, de iniciar a digitalização do nosso acervo, única maneira de 
preservar para o futuro o que nós temos de mais precioso e a construção 
de um lavabo destinado à pessoas do sexo feminino, em observância à 
legislação vigente, que determina a dotação de sanitários para ambos os 
sexos, em todos os prédios públicos.
 O nosso importante acervo, 
razão maior da existência dessa centenária Instituição, está com uma 
parte desse material irremediavelmente perdido, justamente pela ausência
 de manutenção de qualquer natureza e principalmente por anos a fio de 
acondicionamento inadequados.
 Em matéria que publiquei na 
imprensa em dezembro de 2014, onde fazia uma prestação de contas à 
sociedade da nossa administração, naquela ocasião eu já perguntava: “até
 quando os poderes constituídos e a sociedade em geral vão permitir que a
 Casa da Memória continue com seu acervo nessa vergonhosa situação de 
penúria?”- e nesse momento em que assumimos a presidência dessa 
instituição, continuo a perguntar: onde estão os hoje bem sucedidos 
profissionais liberais, mestres, doutores, que outrora se valeram do seu
 rico acervo, para estudar, quando não tinham como adquirir os livros, 
que aqui os encontravam gratuitamente? 
 Esqueceram de lembrar 
desse velho casarão que há anos pede socorro para proteger o mesmo 
acervo que um dia manteve seus sonhos e pretende continuar ajudando a 
manter os sonhos de tantos outros como vocês?
 Todos nós 
continuamos a desfraldar a mesma bandeira erguida pelo Presidente 
Valério Mesquita e dispostos a dar continuidade do sonho que sonhamos 
juntos. O presidente Valério passa a ser, a partir de hoje, a exemplo do
 presidente Jurandyr, presidente honorário vitalício, com plena condição
 de continuar ajudando nessa administração que ora se inicia. Esse 
certamente é um acontecimento inusitado, pois nunca antes na história 
dessa instituição, tivemos ex-presidentes vivos. Espero sinceramente que
 eu também um dia possa fazer parte desse honroso quadro, de 
ex-presidentes vivos.
 O principal legado que deixa esta 
administração, sob o comando do Presidente Valério, nesses últimos três 
anos, é a estrada bem pavimentada que construiu para nós outros, ora 
diretores eleitos, pudéssemos trilhar um caminho em busca de melhores 
dias para essa Instituição. 
 Temos recursos assegurados pela 
Assembleia Legislativa do Estado, por iniciativa do Secretário-Geral Dr.
 Carlos Augusto Garcia de Viveiros, para iniciarmos a tão sonhada 
digitalização do nosso acervo. E ainda a possibilidade de aprovação de 
verba anual para ajudar na manutenção e conservação dos prédios do 
IHGRN.
 Todas essas medidas sob a recomendação e a aprovação do 
seu presidente Deputado Ezequiel Ferreira de Souza, também um grande 
parceiro nessa luta pela recuperação da Casa da Memória, como já o 
fizera o Deputado Ricardo Motta, presidente anterior. Nessa legislatura,
 foram destinados recursos no valor de R$ 200.000,00 através de emenda 
coletiva dos deputados Ricardo Mota, José Dias, Tomba Farias, George 
Soares e Dison Lisboa e mais R$ 40.000,00 (quarenta mil reais) de emenda
 individual do deputado Hermano Morais a quem agradecemos a todos os 
gesto de apreço com a cultura em nosso estado.  
 O sucesso da 
administração que hoje se encerra, e que tenho orgulho de ter 
participado como seu vice presidente, foi a divisão das 
responsabilidades administrativas por cada diretor. No meu caso, fiquei 
responsável pelo planejamento, execução e administração das obras 
realizadas. 
 Porém o que realmente fez a diferença foi a 
assiduidade da equipe nas reuniões diárias. Isso nos permitiu a 
proatividade na identificação dos problemas e, consequentemente a busca 
imediata por soluções.
 Termino minha fala com uma importante 
citação do consagrado Cervantes e renovada pelo saudoso Dom Helder 
Câmara “sonho que se sonha só é só um sonho. Mas sonho que se sonha 
junto, torna-se realidade.”
Portanto senhoras e senhores, 
nosso sonho que é compartilhado por toda esta diretoria e por aqueles 
que acreditam em nossa administração: transformar o IHGRN num dos mais 
modernos e bem equipados Institutos Históricos do Brasil. 
Muito Obrigado/










 
 
