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12/03/2015

INFORMES DA UBE-RN

C O N V I T E E S P E C IA L

14 de Março é Dia Nacional da Poesia




A UNIÃO BRASILEIRA DE ESCRITORERS – UBE/RN , o  INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RIO GRANDE DO NORTE - IHGRN e a ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS-ANLconvidam Vossa Excelência/Vossa Senhoria para Sessão Solene  de entrega de Diploma de Sócio Efetivo aos novos associados da UBE-RN. Após o evento haverá um sarau no Largo Desembargador Vicente de Lemos, oportunidade em que será comemorado o DIA DA POESIA. Traga seu poema preferido para recitá-lo.

A data foi criada em homenagem a CASTRO ALVES, poeta brasileiro nascido em 14 de março de 1847, que ficou conhecido como o poeta dos escravos por ter lutado arduamente pela abolição da escravatura no Brasil.

Tomarão posse na União Brasileira de Escritores- UBE/RN os confrades e as confreiras a seguir relacionados na classe dos Sócios Efetivos:

Aline Gurgel

Carlos Rostand de França Medeiros

Cícero Martins de Macedo Filho

Diulinda Garcia de Medeiros Silva

Dione Maria Caldas Xavier

Eulália Duarte Barros

Geraldo Ribeiro Tavares

Ion de Andrade

José Ivam Pinheiro

José Evangelista Lopes

Liacir dos Santos Lucena

Luiz Gonzaga CortezGomes de Melo

Maria Audenôra das Neves Silva Martins

Moacir de Lucena

Odúlio Botelho Medeiros

Luciano Lucimar de Oliveira

Rinaldo Claudino de Barros

Thiago Gonzaga dos Santos

_______________________________________________________________________

DATA: 12 de março (quinta-feira)HORA: 18h às 20h - LOCAL: INSTITUTO HISTÓRICO E GEOGRÁFICO DO RN – IHGRN - Rua da Conceição, 622 – Centro

UBE-RN- Roberto Lima de Souza - Presidente

IHGRN - Valério Mesquita– Presidente

ANL - Diógenes da Cunha Lima- Presidente

A conta da UBE-RN
CAIXA ECONÔMICA
*Ag. 0033*
*Op. 003*
*C/c 874-0*
*CNPJ   11.034.721/0001-39*

*ANUIDADE PARA 2015*

*01.**  (Sócios adimplentes)  *
*Valor R$  150,00 - 30,00  = 120,00*
*02. (Sócios Inadimplentes) *
* Valor R$  150,00*

*03. (Sócios Inadimplentes) *
* até  três anos a Diretoria da UBE-RN*
* aprovou **a seguinte  proposta:*

*Ano  2015 = R$ 150,00  até 30.01.2015*
*Ano  2014= R$ 60,00 até 28.02.2015*
*Ano 2013 =R$  60,00 até 30.03.2015*

*Pedro Lins Neto*
* Tesoureiro *

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11/03/2015

Eu também sou Lessa


João Felipe da Trindade (jfhipotenusa@gmail.com)
Matemático, sócio do IHGRN e do INRG.
 
Em artigo anterior, vimos que Silvério Martins Ramos, quando enviuvou da primeira esposa, casou com Anna Joaquina de Maria, filha de João Baptista do Espírito Santo e Maria Alves Lessa. Este último casal casou em 1836, como podemos ver do registro a seguir.

Aos (?) dias do mês de fevereiro de 1836, pelas duas horas da tarde, na Boca do Rio, em presença do Padre Frei José de Sam Gualberto, Carmelitano, e das testemunhas abaixo nomeadas, de minha licença, se receberam por esposos presentes, João Baptista e Maria Gomes Leça, meus paroquianos: o esposo de idade de 26 anos e filho de João Rodrigues do Espírito Santo, e Margarida Francisca de Oliveira; a esposa de 22 anos, filha legítima de Joaquim Álvares Lessa, já falecido e Anna Gomes, naturais e moradores nesta Freguesia de São João Baptista do Assú, onde se fizeram as denunciações nupciais, e logo lhes deu as benções nupciais, sendo presentes por testemunhas o capitão João Martins Ferreira, e Silvério Martins de Oliveira, casados; todos desta Freguesia do Assú, e para constar fiz este assento em que me assinei. Joaquim José de Santa Anna, pároco do Assú.

Os registros da Igreja não mantinham coerência com relação aos nomes dos seus fregueses. A cada momento alguns nomes eram modificados. No caso do nubente acima, omitiram o sobrenome Espírito Santo. No caso da nubente, em vários outros registros ela aparece como Maria Alves Lessa. O pai dela já era falecido em 1829, pois nesse ano houve o seguinte casamento: Aos dezoito dias do mês de janeiro de 1829, pelas cinco horas da tarde na Ilha de Manoel Gonçalves, em minha presença, e das testemunhas abaixo nomeadas, se receberam por esposos presentes Manoel Ignácio Lima, viúvo de Antonia Maria, e Anna Gomes, viúva de Joaquim Álvares Lessa. O esposo de idade de sessenta e cinco anos; e a esposa de idade de trinta e dois anos, naturais e moradores nesta freguesia de São João Baptista do Assú, onde se fizeram as diligências nupciais, sem impedimento, sendo confessados e examinados na Doutrina Cristã, presentes por testemunhas Antonio Caetano Monteiro e Manoel Fernandes Carvalho, casados, todos deste Assú, e para constar fiz este assento em que me assino Joaquim José de Santa Anna.

Esse Joaquim Álvares Lessa suponho que era irmão de Josefa Clara Lessa e, que ambos eram filhos do português de Leça da Palmeira, José Álvares Lessa, que em 1810 comandava a Ilha de Manoel Gonçalves. No inventário de Domingos Affonso Ferreira Junior consta que ele tinha falecido sem bens e com muitas dívidas, tendo essas sido herdadas pelo capitão João Martins Ferreira, meu tetravô, que foi casado com minha tetravó, Josefa Clara Lessa. Há um batismo, em 1790, em Recife, de Rita filha de José Álvares Lessa e de Francisca Xavier, onde são nomeados os avós paternos dela, como Manoel Álvares da Costa e Clara Rodrigues.

Naquele artigo anterior, citamos como filhos de João Baptista do Espírito Santo e Maria Alves Lessa: Joanna, nascida em 1843; as gêmeas Cosma e Damiana, nascidas em 1854; e Josefa Rodrigues Lessa, que casou com Idalino Tranquilino de Sousa.

Dona Maria Alves Lessa faleceu em 1860, com a idade de 51 anos. João Baptista voltou a casar como se depreende do jornal Correio do Assú, de 1873. Nele, Padre Elias Barbalho Bezerra declarou que recebeu de Joaquim José Lessa, procurador de Dona Anna Barbosa de Sousa, cinquenta mil réis, que estava em poder do seu finado marido, João Baptista do Espírito Santo, que foi separado no inventario da finada Anna Gomes da Costa (mãe de Maria Alves Lessa) para celebrar-se por sua alma, meia capela de Missas. Nesse mesmo jornal, Joaquim José Lessa, pagou a quantia de três mil e duzentos réis, de que era devedor o seu finado pai, João Baptista do Espírito Santo a Josefa Damas da Conceição.

Encontramos vários filhos de Joaquim José Lessa com Rosa Carolina Lessa: Pio, nascido em 1861, teve como padrinhos João Rodrigues do Espírito Santo e Victoriana Maria da Conceição; Aprígio, nascido em 1862, teve como padrinhos Manoel Roque Rodrigues Correa e Maria Juliana da Conceição; Luiza, nascida em 1863, teve como padrinhos José Alves Martins e Francisca Martins de Oliveira;  Maria, nascida em 1864, teve como padrinhos José Rodrigues Ferreira e Maria dos Passos Lessa.

Um registro de casamento noticia que em 1859, João Alves Lessa casou com Maria Marcelina da Costa, sendo ele filho de Joaquim José Lessa e Anna Gomes da Costa. Acredito que houve um equívoco nesse registro, pois Dona Anna Gomes da Costa foi casada com Joaquim Álvares Lessa. Nesse casamento, uma das testemunhas foi Joaquim José Lessa.  João Alves Lessa deveria ser, portanto, tio dessa testemunha.  Maria Marcelina era filha de Manoel da Costa Ramos e Lina Maria da Conceição.

Em 1860, José Alves Lessa casou com Maria do Ó Fernandes, sendo testemunhas as mesmas do casamento de João Alves Lessa, isto é, Joaquim José Lessa e José Fragoso de Medeiros. Não nomearam os pais dos nubentes. Desse casamento nasceram: Marcionila, em 1861, tendo com padrinhos Francisco Antonio Fernandes Braga e Claudina Maria do Espírito Santo; Manoel, em 1862, tendo como padrinhos João Baptista do Espírito Santo e Marciana Rodrigues Lessa; outra Maria, em 1863, cujos padrinhos foram Francisco Antonio Braga e Maria de Santana Fernandes.

Há, também, um Manoel Alves Lessa que casou com Maria Manoela da Costa e geraram Luiz em 1834, que morreu afogado, em 1855, com 21 anos.
O fato de muitos documentos não conterem os nomes dos pais dos nubentes gera dificuldades para quem quer fazer sua genealogia. O desaparecimento de antigos livros é outro empecilho para nosso trabalho. Podemos cometer erros quando deduzimos algumas relações de parentesco. 

A dívida de José Álvares Lessa a cargo de João Martins Ferreira


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10/03/2015

B E M P E R T O D E B U E N O S A I R E S



GILENO GUANABARA, sócio efetivo do IHGRN

Mês de dezembro de 1968, em Natal. O Cinema Rio Grande apresentou uma das obras primas de Luís Buñuel: La Belle de jour (A Bela da Tarde-1967, com Catherine Deneuve).  Tratava de uma adaptação do que se chamou “romance burguês”, escrito por Josefh Kessel que, na visão de Jean-André Fieschi, (La Nouvelle Critique, n. 58, 1972), comporta a vida de três mulheres – Célestine, Séverine, e Trinstane. Uma delas, ao mais se aproximar do pecado mais cria força e personalidade. No caso, a vida dupla de uma mulher, do lar durante a maior parte do dia e prostituta, ao anoitecer, quando então recebia os clientes sadomasoquistas num quarto de bordel. Um drama real feminino que retratava a força que muitas mulheres sentem numa sociedade repressora e em crise de valores morais. O drama solitário de uma transformista se valoriza pelo rigor da dúvida com que Buñuell suscita com humor sobre o que faz a trama da vida em cada um.
O viés pecaminoso individual torna-se maior, na resposta cinéfilo-pantagruélica do mesmo Buñuel, com o filme Le Charme Discret de la Bourgeoisie (O Discreto Charme da Burguesia – 1972). Neste, um Buñuel que aborda os princípios do adultério burguês, no conflito entre o real e o sonho, quando confessa estar no real, (mas) estamos no irreal. Buñuel, o moralista, em busca dos falsos semblantes só comprováveis nas rígidas formas de civilidade burguesa, coisas próprias da coisificação inerentes ao egoísmo humano, já observado em La Belle de Jour.
Na Argentina da atualidade temos a História del Miedo (A História do Medo), de Benjamím Neishtat, que no circuito brasileiro recebeu o título de Bem Perto de Buenos Aires. O autor se arrasta na abordagem do limite humano, o medo, através de um suspense pesado, tema já observado pela sua conterrânea Lucrécia Mortel, em O Pântano. A fita retrata os efeitos da conurbação urbana e os grupos sociais, os problemas na violência, presentes em grandes metrópoles sul-americanas, a que Buenos Aires está incluída.
Brasil e Argentina, irmãs siamesas dos mesmos problemas, quadro decorrente da crise econômica que se prolonga anos após anos, lá e cá, revelam o esgotamento atual de seus projetos políticos mais recentes. Na Argentina contemporânea, em final do ciclo político kirchneriano, a questão que mais preocupa é a violência, embora a Argentina não se mostre ainda um palco acirrado de violência urbana. Está mais entre nós do Brasil, bem próximo da Argentina, no subconsciente coletivo o poder da violência e do crime.
São questões atuais da explosão social por que passam as megalópoles latino-americanas, onde os ricos se resguardam e criam seu diálogo em condomínios fechados, horizontais ou verticais, cercados de seguranças e de cercas, luxuosos, verdadeiros subterfúgios, onde trocam a linguagem do medo. A dimensão do clima de insegurança social entre ricos e pobres contamina também os excluídos em suas insatisfações, ao verem as suas vidas miseráveis abortadas de um sem-sentido, o que pode passar a ser moeda político/eleitoral da linguagem demagógica, já ultrapassada, porém vigente. Foi assim, com efeito, os “descamisados” do peronismo. É assim com as gangues dos jovens de rua, em Puerto Rico, menos politizadas do que os camisas pretas fascistas, na Europa do século passado.
A realidade urbana atual contrapõe a convivência dessas massas, alocadas em favelas ou cortiços aproximados de seus locais de trabalho, diante de condomínios verticais inteligentes, próprios para o apartheid social, cujos habitantes são detentores de condições econômicas que contrastam com os seus vizinhos. Desde as transformações posteriores a 1930, no Brasil, o Estado Social interveio, tendo em vista amenizar o conflito iminente, com o peso do intervencionismo da burocracia estatal (Ministério do Trabalho; legislação e Justiça do Trabalho; sindicalismo; instituições de previdência e assistência social, etc.).
Ao contrário do esperado, as ações estatais de protecionismo estimularam ainda mais as demandas, aumentando o número de contendas. A lei trabalhista alavancou, de ano para ano, um volume cada vez maior de postulações na justiça do trabalho, provocado pelo conhecimento disseminado dos direitos outorgados. O custo os empregadores agregaram no valor final da produção, gerando, de um lado, a expectativa de conquista econômica por parte dos assalariados e, do outro, de ônus transferido para o custo final a ser pago por todos, via inflacionária.
A partir da primeira metade dos anos de 1950, o modelo desenvolvimentista/populista começou a se exaurir, seguindo-se as várias crises políticas, a contar do ano de 1950, com a nova eleição de Getúlio Vargas, que teve como candidato ao cargo de vice-presidente, de fragilíssima representatividade nacional, integrante do quadro do PSP paulista, o então Deputado Federal pelo Rio Grande do Norte, João Café Filho. O cenário político agitado contaminou governos sucessivos, dado o confronto entre setores conservadores, liderados pela UDN, e o trabalhismo, aí incluídos os comunistas. Ao final, o desfecho trágico, o golpe de 1964, após as variadas tentativas golpistas anteriores, a par de um momento de convivência pacífica, durante o governo de Juscelino. Restou a industrialização sob a consagração da Petrobrás e a usina metalúrgica de Volta Redonda; a criação do polo metalúrgico; a inflação crescente; e a frágil política monetária que, apesar de tudo, favoreceu o avanço da fronteira econômica, arcando os altos custos da interiorização da Capital Federal, no Estado de Goiás.
Enquanto isso, as províncias de outrora se agigantaram, face a migração das massas engalanadas e atraídas pelo desenvolvimentismo econômico. Através do processo de emigração rural intenso, dos anos de 1950/60, tornaram-se metrópoles ingovernáveis, tal o recrudescimento das demandas sociais e da explosão da violência.
Observa-se em a História del Miedo o cuidado de não sediar os interesses sociais que visa, em se tratando de uma produção multinacional, o que facilita serem conduzidos de forma equidistante os personagens comuns e identificáveis nas grandes cidades sul-americanas e suas populações, com destaque a Argentina. No entanto, a crise urbana que reina nas grandes metrópoles da América do Sul facilita identificar os verdadeiros atores ou os seus bufões. Para isso, nada melhor do que lutar pela democracia.

   
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09/03/2015

Desembargador aposentado Sílvio Caldas
Faleceu nesta sexta-feira (6), em  Recife, o desembargador aposentado do TRT-RN Joaquim Silvio Caldas.
Ele lutava contra um câncer nos últimos anos. Sílvio Caldas, como era mais conhecido, foi empossado desembargador no dia 21 de outubro de 2010 e  no dia seguinte atingiu a compulsória, deixando a magistratura.
Ele foi durante muitos anos juiz titular da 5ª Vara do Trabalho de Natal.

Sempre que ocorre a morte de um amigo,  no caso, o meu grande amigo Silvio Caldas, ocorrido nesta última sexta-feira, lembro-me deste poema que eu fiz, há algum tempo. Aqui está. Um forte e fraternal abraço. W. Leiros
MOTE
 
QUANDO MORRE UM GRANDE AMIGO,
PARTE DE MIM VAI EMBORA.
 
A tristeza tem abrigo,

Neste velho coração.

Bate-me forte emoção,

QUANDO MORRE UM GRANDE AMIGO.

 

Com muito custo consigo

Superar aquela hora.

A saudade, sem demora,

Preenche o grande vazio

E eu fico “por um fio”...

PARTE DE MIM VAI EMBORA.

 

Wellington Leiros

wleiros169@gmail.com
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Memorial Direito UFRN

Espaço virtual para a preservação da memória do curso de Direito da UFRN

Memorial do Curso de Direito da UFRN

Preservando a história do primeiro curso de Direito da UFRN

 9 de março de 2015 
“Cessem do sábio Grego e do Troiano 
As navegações grandes que fizeram; 
Cale-se de Alexandro e de Trajano
A fama das vitórias que tiveram;
Que eu canto o peito ilustre Lusitano,
A quem Neptuno e Marte obedeceram. 
Cesse tudo o que a Musa antiga canta,
Que outro valor mais alto se alevanta”  Camões, Os Lusiadas.
As belas palavras de Luís Vaz de Camões marcam o início de uma importante narrativa da saga portuguesa pelos mares e servem de inspiração para que, com o mesmo sentimento de orgulho, este ambiente virtual parta para sua missão: ajudar na preservação da história do primeiro curso de Direito do Rio Grande do Norte.
Se nos ajudarem o engenho, a arte e os que fazem e fizeram parte dessa história, poderemos guardar a memória do glorioso curso de Direito da UFRN.
Todos podem contribuir enviando fotos, documentos, narrativas ou qualquer material que possa ajudar na nossa missão para memorial@memorialdireitoufrn.com.
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08/03/2015

THIAGO - DIA 10




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07/03/2015

GG



A   D I P L O M A C I A   E   O   C E N Á R I O    I N T E R N A C I O N A L  

Gileno Guanabara, sócio efetivo do IHGRN
 
                Não fui, nem sou diplomata. Sou apenas um observador sul-americano e posso ser contrariado. O Brasil sofre um déficit de projetos estruturantes vinculados ao futuro, a fim de superar suas crises: vias navegáveis e trafegáveis de uso intensivo, pelo não mais exclusivo uso do automóvel; economia hídrica; uso diferenciado da energia; políticas de ocupação urbana e de produção rural; política educacional permanente nos campos elementar, acadêmico e profissional. Do ponto de vista social, as políticas compensatórias dispensam populismo e as mudanças necessitam de resultados de longo prazo.
Há carência nos conceitos diplomáticos do Brasil, diante do cenário internacional. No plano regional estamos cercados de governos nacional/populistas, de pressões ocasionais que não apontam à distensão, nem à democracia. Frente a extensa fronteira, o narcotráfico é agente de troca. A frágil economia do Paraguai. A fronteira rota e contaminada da Bolívia. A situação da Venezuela, por depender exclusivamente das exportações de petróleo, a queda mundial dos preços do barril evidenciou a fragilidade de suas instituições políticas, com repercussões no continente.
A intervenção brasileira em questões de menor interesse, em disputas menos significativas de seus propósitos – o projeto belicista do Irã; o isolacionismo da Coréia do Norte, por exemplo - não contribuiu para o resguardo diplomático que a cautela recomenda. A Ásia e o Oriente Médio tornam-se cada vez mais um labirinto complexo, onde o confronto entre etnias e culturas aparentadas e excludentes, fronteiras artificiais, armamentismo, preconceitos religiosos e subornáveis governantes, fundamentaram intervenções militares fraticidas e o liberou geral do terrorismo. A negação dos direitos da mulher ou a proposta de negociação em conflito ideologizado, com apelo a recurso a manus militari, constituem uma mesma instância, destroem a História secular daquela civilização.
Mais recentemente, a recusa ao pedido de clemência feito através da chancelaria do Itamaraty, para evitar o fuzilamento de brasileiro acusado de tráfico internacional de drogas, na Indonésia, fez a Chefe de Governo deixar de receber o embaixador nomeado, acirrando a crise diplomática com a Indonésia. O mesmo ocorreu antes, em questões internas do Paraguai, quando da cassação do ex-presidente José Lugo, provocando o afastamento daquele país do Mercosul. A crise decorrente da ocupação de empresa brasileira em território boliviano, ou o refúgio de desafeto político de Evo Morales, na Embaixada do Brasil em La Paz, sua fuga e abrigo no Brasil, a quem não se concedeu a condição de asilado, contraria a tradição diplomática.
 Com relação aos Estados Unidos, face o intercâmbio constante e o significado da balança comercial, em que pesem as propostas políticas do governo Obama – crescimento da economia; afastamento militar do Iraque; reatamento com Cuba; reconhecimento da imigração latino-americana – a rota da diplomacia brasileira se firmou na direção da África, do Oriente Médio, de Cuba e de reaproximação com a China. Da primeira, ditaduras, corrupção, guerras tribais/coloniais permanentes e diminuto saldo comercial; do segundo, equidistância com a cultura brasileira e isolacionismo para com seus vizinhos árabes; do terceiro, envolto ao fim da solidariedade com a extinção da URSS, negociando secretamente a abertura de relações com os EUA, infenso as inovações, à cata de investimentos.
 Com relação à China, a desproporcionalidade da balança comercial, para o lado de cá, desfavorável pela distância geográfica e pelo baixo custo operacional de sua mão de obra e outros custos de produção. Daí a propensão do colosso comunista de engessar o mercado consumidor mundial, face a explosão de sua economia, societária da alta tecnologia dos países capitalistas, a par de preços não competitivos que favorecem a prática do açambarcamento das comodities, que interessam a sua expansão, a preços que sabe impor no mercado. A China virou capitalista.
A crise que assolou Portugal, Espanha e Itália fez da Grécia a bola da vez. Inexiste uma formulação apta para a solução do impasse. A vitória do Partido Syriza, por si só não satisfaz, em que pese a afoiteza do governo recém eleito. Os credores europeus anuíram a novo prazo, para cumprimento dos acordos e a assentada das reformas e reajustes da economia. A despreocupar-se com a crise, numa visão inocentemente concebida, iria provocar crise na Zona do Euro. Precioso lembrar que Portugal, Itália e Espanha vivenciaram imbróglio igual, mas, apesar de seus efeitos, pouco aconteceu de mais substancial, salvo a exclusão da cena política do ultra conservador, Silvio Berlusconi e a sua Bunga Bunga. As instituições da Europa permanecem funcionando. Agora, cabe à Grécia a parte maior das tarefas.
Considere-se a situação da Alemanha governada por um partido conservador. São setenta anos passados desde o fim da Segunda Guerra Mundial que a devastou, com a derrota do nazismo. A Alemanha se refez. Atualmente se comporta com autoridade fiadora da Europa. Pela estabilidade de sua economia, dados respeitáveis revelam índices sociais invejáveis de renda. A economia alemã impõe-se aos demais países e suas demandas econômicas. A Inglaterra dos Trabalhistas foca o debate na disputa monetária para com a Zona do Euro, em especial para com a economia alemã. De uma Alemanha que se contrapõe ao exclusivismo mercantil dos Estados Unidos na região, ao vácuo de parceiros confiáveis. O exercício da tributação como forma de financiamento do Bem estar social: com taxas de desemprego reduzidas, enquanto a previdência social, sem corrupção, não transfere ônus a seus beneficiários. Não é por acaso que, pactuando taxas ínfimas de inflação e níveis de crescimento per capita, as finanças alemãs hajam contribuído para amenizar o aperto da Euro Zona. Em tudo vê-se a importância do seu sistema político-eleitoral representativo, mais transparente e democrático. Não se assistem crises periódicas entre os poderes da República. Contrapondo-se à presença revisitada de Putin na Ucrânia, a indiscutível liderança de Ângela Merkel.
Verdade é que a crise interna da Rússia, agravada pela guerra na Ucrânia, tem a ver com a sofrência do preço de petróleo, com efeitos devastadores nos países exportadores. Não se diga de uma guerra exclusiva para encobrir o entulho acumulado desde a queda do antigo regime. Pode até ser que a intervenção russa na Ucrânia atual sirva para recogitar a ideia de refazimento de antigas fronteiras. Não convence, porém, dizer que não há interesses econômicos no conflito. Na diplomacia e na política as pantomimas não duram por muito tempo.

                 
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