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30/04/2016
29/04/2016
ACADEMIA NORTE-RIO-GRANDENSE DE LETRAS
EDITAL Nº 03, DE 26/04/2016.
O Presidente da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras - ANRL, na forma regimental, convoca os Senhores e Senhoras. Acadêmicos para a Assembleia Geral Extraordinária, a ocorrer de forma continuada, para apreciação do Relatório da Comissão com as minutas do Estatuto Social e Regimento Interno, conforme cópias encaminhadas a todos, com  observações de pontos polêmicos e emendas já recebidas, a ocorrer a partir do dia 3 de maio (terça-feira), às 16 horas, continuando nas terças-feiras seguintes até a apreciação total das minutas encaminhadas.
A estratégia adotada é a seguinte:
- As minutas do Estatuto e do Regimento Interno serão projetadas para uma melhor análise.
 - As emendas ou sugestões serão consolidadas para conhecimento de todos e reapreciação da matéria até ser obtido o consenso de um texto definitivo.
 - O tema exige quorum de maioria absoluta dos Membros Titulares empossados, quando de sua aprovação.
 
               Participe deste momento histórico que é a revisão e atualização dos documentos institucionais da ANRL, em obediência às exigências do Código Civil vigente, que teve em 1977 a última atualização.
Diogenes da Cunha Lima
Presidente
28/04/2016
HISTÓRIA INTERESSANTE
ANNE SULLIVAN
Violante Pimentel
A
 educadora Anne Sullivan, Annie Sullivan, ou Johanna Mansfield Sullivan 
Macy, (Feeding Hills, Massachusetts, 14 de abril de 1866 – Nova Iorque, 
20 de outubro de 1936), tornou-se célebre por haver conseguido educar 
Helen Keller, uma menina cega, surda e muda, de família rica, e 
superprotegida. A menina não conhecia o mundo à sua volta. Sabia do que 
precisava para viver e terminou se tornando altamente agressiva com os 
familiares, transformando-se em uma verdadeira tirana em sua casa. Sua 
familia, por compaixão, dava-lhe todas as liberdades, por considerá-la 
inválida. Helen Keller tinha o domínio total de sua casa, e controlava o
 comportamento dos seus familiares. Todos temiam suas reações 
agressivas, principalmente durante as refeições. Ninguém, até então, 
dera-lhe a mínima educação. Ninguém lhe ensinara nada. Era impossível 
Helen Keller entender o que era uma pessoa educada. Nunca fora 
contrariada em nada e nunca ouvira um não dos seus pais ou de qualquer 
pessoa. Todos a temiam. Ao se deparar com Helen Kelller, a professora 
Anne Sullivan entendeu que estava diante do maior desafio da sua vida: o
 desafio de explicar a uma menina cega, surda e muda, como viver no 
mundo e como entendê-lo. Seu maior objetivo era que Helen Keller fosse 
tratada como uma pessoa normal. Para isso, a professora entrou em choque
 com os seus pais, que sempre sentiram pena da filha e nunca a trataram 
como uma criança normal.
Filha
 de Thomas Sullivan e Alice Cloesy, fazendeiros imigrantes irlandeses, 
Anna Sullivan também tinha sido deficiente visual. Contraíra tracoma aos
 cinco anos, o que quase a levou à cegueira definitiva. Após nove 
cirurgias, recuperou alguns graus da visão. Sua mãe morreu dois anos 
depois. O pai, então, abandonou a ela e ao irmão em um orfanato em 
Tewksbury. Seu irmão, que contraíra tuberculose morreu pouco tempo 
depois. Anne Sullivan sempre foi vítima da pobreza, e de maus tratos do 
pai alcoólatra, que chegou a violentá-la. 
Apesar
 de ter sido deixada em um orfanato, com poucas condições de educação 
formal, Anne Sullivan conseguiu se sobressair. Quando o presidente da 
secretaria estadual de instituições de caridade Frank Sanborn, visitou o
 orfanato de Tewksbury, Anne literalmente se jogou aos seus pés e 
chorando pediu: " Sr. Sanborn, eu quero ir à escola." 
Depois
 de recuperar alguns graus da sua visão após uma série de cirurgias, e 
de se graduar como a oradora da sala em 1886 no Instituto Perkins para 
Cegos, ela começou sua longa carreira como professora de Helen Keller.
A educadora usou o método da Língua de sinais, através do tato. Helen Keller tinha
 sete anos, quando Anne Sullivan ali chegou para ser sua mestra. Sua 
primeira reação, foi agredir a professora, jogando-lhe água no rosto. 
Imediatamente,
 a moça revidou, atirando-lhe também água no rosto. A discípula chorou, 
contrariada, pois, até então, ninguém havia reagido a uma agressão sua. A
 luta foi árdua. As agressões se sucederam e a professora sempre reagia à
 altura, apesar de falar com delicadeza, e sempre procurar dizer à 
menina que aquilo estava errado. No começo, os pais da garota se 
chatearam, mas a professora foi franca, dizendo-lhes que somente daquela
 forma, Helen Keller se tornaria sociável. O tempo passou, e Anne 
Sullivan conseguiu um verdadeiro milagre. Helen Keler passou a lhe 
obedecer e tornou-se dócil. Aos dez anos, aprendeu a falar através de 
sinais na mão e a ler pelo método Braille.
A
 senhorita Sullivan começou suas aulas a partir da obediência e do 
alfabeto ASL Língua de Sinais. Sullivan assistiu às aulas com Helen e 
monitorou-a através do Instituto Perkins, a Escola de Cambridge para 
Jovens Senhoras e a Faculdade de Radcliffe. Todos que entraram em 
contato com Anne Sullivan se surpreenderam com a facilidade de 
comunicação entre ela e a discípula Helen Keller. 
Alexander Graham Bell, Andrew Carnegie, Henry H. ogers e John Spaulding foram apenas alguns dos que as encontraram e apoiaram.
Ao
 longo do tempo, muitos duvidaram do êxito que Anne Sullivan teria nessa
 sua missão. Após Helen se formar, a senhorita Sullivan continuou a 
acompanhá-la em suas viagens e palestras. Quando Helen se formou em 
Radcliffe, Anne se casou com um jovem instrutor de Harvard, John Albert 
Macy, em 1905. Os três viveram juntos até 1912 quado os Macy se 
separaram. Anne e Helen tinham uma grande demanda de palestras para 
arrecadar fundos para a Fundação Americana para Cegos. No entanto, por 
vezes as pessoas eram caridosas e complementavam sua renda. Anne 
Sullivan não recuperou sua visão completamente, mas ao final de sua vida
 recebeu o reconhecimento da Universidade Templo , o Instituto 
Educacional da Escócia e a Fundação Memorial Roosevelt, pelo ensinamento
 a Helen Keller.
Graças
 ao grande empenho de Anne Sullivan, Helen Keller foi a primeira mulher 
cega, surda e muda, a ganhar um diploma, tornando-se apta a conviver em 
sociedade. Tornou-se escritora e ativista social.
27/04/2016
H O J E
FRANCISCO MARTINS HOMENAGEIA:
DIULINDA GARCIA TRAZ ATÉ NÓS "ENTRENÓS" SEU NOVO LIVRO DE POEMAS
A arte
A arte expõe os paradoxos,
desconstrói,provoca
e aproxima olhares.
desconstrói,provoca
e aproxima olhares.
(Diulinda Garcia) 
A poeta Diulinda Garcia lançará no próximo dia 27 de abril, às 19 h, no Fran's Café, em Ponta Negra - Natal-RN, o seu mais recente livro de poemas "Entrenós", que traz a marca editorial Sarau das Letras. Diulinda Garcia é uma poeta que afirma: "Fazemos parte da tripulação de uma nave de sonhos onde reina a fantasia, que transforma a saudade dos que partem e a solidão dos que ficam em um prelúdio sinfônico de louvor à vida".
Suas produções poéticas tem poetrix, haikais, minimalistas e versos livres (onde estão a maior parte dos poemas). E uma poeta que canta ao mundo sua imortalidade e que diz ter a capacidade de ressurgir sempre, todo dia, independente da situação em que se encontra:
NÃO APRENDI A MORRER
Embora a vida me doaRasgo o tempo
Tiro as vestes
Começo tudo outra vez
Não aprendi a morrer
Eu confesso que não sei quais poemas estarão presentes no novo livro da poeta Diulinda Garcia, mas uma coisa é certa. Sejam quais forem, são belos e valerá muito ter nas mãos, degustar e sentir prazer com a arte poética dessa mulher que procurar ser imune aos efeitos do tempo.
Parabéns poeta!
26/04/2016
OS COMPROMISSOS COM O
NOVO TEMPO
Valério Mesquita*
O que é intenção, já é deliberação. Os Tribunais de
Contas se impõem na estrutura do Estado como ponto de sustentação e equilíbrio.
As instituições são permanentes. Seus servidores passam e elas ficam. Devem se
adequar ao determinismo da evolução social. Os governantes não podem se
distanciar do povo, como se já não precisassem ouvir a sua voz.  Como se o poder não fosse um bem de todos e
não tivesse nas suas tessituras mais nobres o dever de promover o bem estar
coletivo sem ferir a liberdade e a legalidade. Assim se configuram, nos dias
atuais, a responsabilidade e o papel do Tribunal de Contas como instrumento
indispensável na democracia moderna. Ele tem que continuar a otimizar, decisiva
e amplamente, a sua contribuição para o aprimoramento da vida institucional do
Estado. A sua missão maior é lutar para eliminar duas chagas da administração
pública: o desvio e o desperdício. E ser parte e artífice, ao mesmo tempo, da
obra infindável, inesgotável e sempre renovada: promover a felicidade
individual de cada cidadão e cidadã. Controlar não é só punir. É também
prevenir, é detectar, é corrigir e orientar.
A trajetória de todo homem público se diferencia
quando ele guarda, como titulação verdadeira, os caminhos exatos e
insubstituíveis da bondade humana e da disponibilidade de servir neste mundo
áspero e às vezes desumano. O fundamental é ter consciência de que é possível o
milagre do compartilhamento para a vida ser sempre uma proclamação plena de
convivência humana e funcional. Pois, como se vê, há muito a fazer para
continuar os níveis de aperfeiçoamento da ação de um Tribunal, no cumprimento
dos seus objetivos.
Acosto-me, sem restrição, ao sábio preceito segundo o
qual “não são os cargos que dignificam as pessoas, mas as pessoas que
dignificam os cargos”.
Relembro, aqui, o esplendor do pensamento do escritor
Mário de Andrade (1893 – 1945), no seu “Valioso Tempo dos Maduros”:
“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo
para viver daqui para a frente do que já vivi até agora. Tenho muito mais
passado do que futuro.”
“Já não tenho tempo para lidar com o supérfluo.”
“Já não tenho tempo para conversas intermináveis...”
“Já não tenho tempo para administrar melindres de
pessoas...”
“Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos,
quero a essência, minha alma tem pressa…”
“Caminhar perto de coisas e pessoas de verdade. O
essencial faz a vida valer a pena. E para mim, basta o essencial!”
Chego à conclusão de que a missão maior do julgador é
a de garantir a obediência à lei no uso dos recursos públicos. Deve lutar para realizar,
assim, o possível. Não obstante a vontade de ver esse novo tempo seja imensa,
mas o modelo do Brasil novo já se encontra à vista.
 (*) Escritor.
25/04/2016
A OBRA DE HENRIQUE CASTRICIANO
 PROJETO
RESTAURANTE LITERÁRIO
A deliciosa obra de
Henrique Castriciano de Souza
O Príncipe dos poetas
norte-rio-grandenses.
RESTAURANTE LITERÁRIO
A deliciosa obra de
Henrique Castriciano de Souza
O Príncipe dos poetas
norte-rio-grandenses.
FEBRE
Por toda a parte rosas brancas vejo...
Rosas na fímbria loira dos Altares,
Coroadas de amor e de desejo...
Rosas no céu e rosas nos pomares.
Uma roseira o mês de Maio. Aos pares
Surgem, da brisa ao tremulante arpejo,
Estrelas que recordam, sobre os mares,
Rosas envoltas num cerúleo beijo.
E quando Rosa, em cujo nome chora
Esta febre cruel que me devora,
De si me fala, em gargalhadas francas,
Muda-se em rosa a flor
de meus martírios,
O som de sua voz, a luz dos círios...
O próprio Azul desfaz-se em rosas
brancas
* Em 1996 o poema “Febre” de H. Castriciano foi
incluído na Ema Enciclopédia, publicada
em Singapura, na Ásia.
LIÇÃO ERRADA
A Veríssimo de Toledo
... E o sábio disse:
“Meus senhores, esta
Mulher que vemos sobre a laje fria,
Foi como a noite vinda após um dia,
De cerração n’um ermo de floresta.
Seus olhos, verdes como verde a
glesta,
Tinham brilhos de fúnebre ardentia,
Fosforecentes como a pedraria
De um colar de princesa em festa.
Não teve coração! E, n’isto, o sábio
Rasgou-lhe o seio... E recuou.
Seu lábio
Contraiu-se n’um riso
estranho e lento...
No seio havia um coração partido,
Morto de amor, de lágrimas ungido,
E lacerado pelo sofrimento!
*O soneto “Lição errada” foi publicado
em 1997 na "Antologia de Sonetos", do
escritor Napoleão Valadares, em
Brasilia/DF.
PROGRAMAÇÃO
De 01 a 30 de abril / 2016
CONVITE
O Diretor de Centro de Educação Rural Alfredo Mesquita Filho, juntamente com a Coordenação Pedagógica, Professores e Alunos, têm a honra de convidá-los a participar da Palestra do Pesquisador e Historiador Anderson Tavares de Lyra, e das atividades de Encerramento do Projeto “Restaurante Literário: a deliciosa obra de Henrique Castriciano de Souza.
Ivanildo Antônio de Lima
Diretor
Dia 26/04/2016 ( terça-feira)
 Hora: a partir das 14h00
 Local: Centro de Educação Rural Alfredo Mesquita Filho, CERU, Traíras
 Abertura;
 Apresentação Cultural;
 Leitura de poesias por alunos da escola;
 Palestra com o historiador e pesquisador Anderson Tavares de Lyra.
 Tema: Vida e obra de Henrique Castriciano.
Dia 27/04/2016 ( quarta-feira)
 Hora: a partir das 08h00
 Local: Centro de Educação Rural Alfredo Mesquita Filho, CERU, Traíras
 Abertura oficial do Restaurante Literário com:
 Apresentação musical com os músicos: Rafael Melo, Pâmela Araújo e Camille Teixeira (estudante do 9º ano).
 Apresentação da peça Teatral “A Promessa”, escrita por Henrique Castriciano e encenada por crianças em 1904, na abertura do Teatro Carlos Gomes
 Leituras de poesias, cordéis e crônicas escritas por Henrique Castriciano.
APOIO:
ACADEMIA MACAIBENSE DE LETRAS
24/04/2016
NOITE DA CRUVIANA, um repensar
Um amigo de Brasília perguntou-me como se poderia  pressentir os sinais de que em uma determinada noite a cruviana sairia.
Ele havia lido um texto sobre o assunto e ficou interessado em passar para os
filhos essa vivência.
Brasília é uma cidade onde predominam apartamentos em prédios de seis
andares. Aqui nós temos pilotis barulhentos e áreas comuns movimentadas, além
do barulho aborrecido dos elevadores, somado ao tagarelar das pessoas a todo
momento. Imagino não haver condições propícias nem atmosfera capaz de atrair o
inusitado, o sutil, que dependem de um conluio da alma com o inesperado para se
manifestarem. Sem chance.
Em Brasília há também aqueles que moram em bairros onde predominam as
casas que, aqui, guardam uma razoável distância entre si. Eu resido em um
desses locais. Apesar de as pessoas estarem em casas bem cercadas, os níveis de
violência se equiparam aos menores do Brasil.
Falar da cruviana é retornar à cidade da minha infância, com o verbo no
pretérito, onde a usina de luz parava de funcionar às dez da noite. É se portar
como criança em uma cidade por onde passa um belo rio repleto de embarcações,
grandes e pequenas, com seus ruídos característicos. Na escuridão das noites
estreladas, velas eram içadas e arreadas, sob o augúrio dos marujos, aqui
chamados de barcaceiros, além dos movimentos próprios do rio cuja foz fica logo
ali, com o mar tentando subjugá-lo a toda hora.
Para que se percebesse a presença da cruviana, formatada em noites onde
o escuro absoluto dava abrigo ao bicho papão, acoitava lobisomens fugidios, e
em que o barulho das serrações assombrava crianças inocentes  que tremiam em suas redes brancas com cheiro de carinho, parece-me de
fácil entendimento.
Hoje, especialmente em cidades de grande porte, como imaginarmos ter
sensibilidade e ambiente propício para perceber o assobio fino de um vento
noturno que leva consigo uma aura de mistério, com uma estranha sensação de um
frio que corre fino pelo corpo, tal qual uma pizza metafísica meio mágica meio
mística? Na infância, nas noites da cruviana, as crianças percebiam um som
agudo, fininho, tipo assobio, arrastando-se pela noite, fazendo com que se
encurvassem ainda mais em suas redes, assumindo uma posição quase fetal.
Em Brasília, algumas vezes, despertado pelo som de uma ambulância em
plena madrugada, já tentei perscrutar os ruídos característicos e os eflúvios
sonoros atípicos das noites do Lago Norte, na tentativa de identificar os
murmúrios da cruviana. Em vão.
Pelos mesmos motivos, já não se percebem os sacis, os gnomos, os duendes
nem as mulas sem cabeça. Afinal, “é preciso chuva para chover”.
Os tempos são outros. Temo que a percepção dos movimentos da cruviana
não seja para qualquer um, nem para qualquer lugar ou momento. Ao menos nestes
tempos raivosos.
Temo que a maioria desta geração Whatsapp jamais consiga, em
algum momento, agendar um encontro com o lado mágico da vida, onde mora a
fantasia.
–
Evaldo Oliveira
Sócio Correspondente do Instituto Histórico e Geográfico do RN
23/04/2016
EIDER FURTADO, UMA LEGENDA (*)
            Na data de hoje a comunidade potiguar e o mundo cultural comemora os 92 anos de
nascimento do eminente acadêmico e causídico EIDER FURTADO DE MENDONÇA E
MENEZES, natalense nascido aos 23 de abril de 1924, filho de Gil Furtado de Mendonça e Menezes e D. Maria
Emília Furtado, aos quais homenageou no livro “Audiência de um Tempo vivido”
(2004), primeiro livro de uma série de trabalhos memorialistas.
        Iniciou seus
estudos com a Professora Águeda de Oliveira Sucupira (Naná), numa escola
municipal postada na Av. Rio Branco (local onde o BB construiu sua sede da
cidade alta), nos idos de 1931 a 1934, sobre quem dedicou um capítulo especial
no seu livro de memórias, alcançando as suas auxiliares  D. Helena,
Preta e Auta, sobre as quais derrama suas emoções mais caras, aliada a um amor
quase filial, incluídas também em suas permanentes orações, acrescentando “Por
isso, eu também tenho saudades da minha primeira professorinha”.
Em 1935 foi para o Colégio Pedro
Segundo, do Prof. Severino Bezerra de Melo, daí para a escola particular do
Prof. Antônio Fagundes, posteriormente o tradicional Atheneu Norteriograndense,
em 1937, aos 13 anos de idade, tendo concluído o Colegial em 1944 e, somente em
1955, com 30 anos de idade, submete-se ao vestibular da Faculdade de Direito de
Natal.
Bacharel em Direito pela UFRN, 1ª
Turma, em 9 de outubro de 1959, denominada “Turma Clóvis Bevilácqua”, paraninfo
Edgar Barbosa e confererencista da Aula da saudade Paulo Viveiros.
Em 1968 iniciou o seu magistério
universitário, nas lides do Direito Financeiro e Tributário, depois Direito
Comercial, Direito do Trabalho e Mercado de Capitais, tendo ainda demonstrado
os seus conhecimentos em outras searas do Direito, quando transferido para o
Curso de Direito, lotado no Departamento de Direito Privado, até a sua
aposentadoria em março de 1991. Recebeu a láurea de “Professor Emérito da
URFRN” em 17 de dezembro de 1997.     
         Sua vida é
pontilhada de atividades diversificadas, pois teve papel de relevo na
radiofonia potiguar (Diretor da Rádio Poti, ao tempo em que, ainda, Rádio
Educadora de Natal), não sem antes, nos idos dos anos 40, integrar, como
músico, a Orquestra de Salão daquela rádio e o Quinteto “Alberto Maranhão” e teve
passagem pelo teatro amador.
Foi jornalista consagrado e dirigente
nas Rádios Poti e Nordeste.
Cidadão exemplar, que reparte o comando
de uma bela família com o auxílio indispensável da sua eterna musa D. Helenita,
cuja presença é uma constante em todos os momentos de sua existência e a ela
dedica incontáveis registros da história de sua vida e sobre quem proclama ter
sido a primeira e única namorada.
Membro da Academia de Letras 
Jurídicas do Rio Grande do Norte, do Instituto Histórico e Geográfico do
 Rio Grande do Norte e da Academia Norte-Rio-Grandense de Letras, além 
de honorário e benemérico de várias outras Instituições. 
         Na advocacia se
orgulha de registrar seu estágio com o jurista Hélio Mamede de Freitas 
Galvão e
chegou a chefiar a Ordem dos Advogados, Seção do Rio Grande do Norte, 
num
pleito memorável, que marcou a transição da velha Instituição para os 
novos
tempos, substituindo o Dr. Claudionor Telógio de Andrade após 20 anos de
presidência, ali permanecendo por 8 anos consecutivos (01/02/69 a 
01/02/77), sendo hoje o mais antigo dos Membros Honorários Vitalícios. 
           É
fiel à sua profissão até os dias presentes, compartilhando o escritório com
filhos e netos. O mundo intelectual está de parabéns.(*)Carlos Roberto de Miranda Gomes, escritor.
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